Um dos rapazes queria usar o banheiro que estava para fechar; eles foram agredidos
Os irmãos gêmeos Danilo e Denis, de 22 anos, acusam os seguranças da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) do Terminal Barra Funda de truculência e coação. Ontem, por volta das 22h, Danilo, que é estudante de economia na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), viu os seguranças dando uma gravata e arrastando um jovem.
A reportagem do R7 mantém os sobrenomes dos jovens em sigilo por segurança.
"Fiquei chocado com a cena e cheguei perto. Daí eu vi que era o meu irmão", disse Danilo. Segundo o universitário, a confusão começou porque o irmão queria ir ao banheiro e foi impedido pelo funcionário.
Danilo tentou apaziguar a situação e acalmar o irmão, mas os seguranças insistiram em levar os dois para uma "salinha" na parte interna do terminal. Os irmãos se recusaram a ir com os seguranças. "Eram uns seis ou sete com cacetes e gás de pimenta, a gente não queria ir com eles porque poderíamos apanhar muito. As pessoas em volta perceberam o abusos e começaram a gritar para que nós dois fossemos liberados", disse Danilo.
Denis foi acusado pelos seguranças de estar embriagado e em estado alterado. "Meu irmão disse que tinha bebido, mas não estava bêbado, el tão pouco usa drogas, mas os seguranças ficaram gritando com ele e ameaçando", disse.
A confusão aumentou e os dois foram levados a força para a salinha. Os usuários começaram a gravar vídeos e a chamar os seguranças de "racistas". Cerca de 30 pessoas permaneceram no local até a liberação dos dois irmãos. "Na tal salinha, o horror só aumentou. Abriram as nossas mochilas, jogaram as coisas no chão. Separaram a gente e fizeram ameaças. Disseram que a garrafa de água na nossa mochila tinha lança-perfume e que seríamos presos", afirmou Danilo.
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Depois de 20 minutos de interrogatório e coação, os dois irmãos foram liberados. Hoje, quarta-feira, o Denis foi até uma delegacia com o advogado para formalizar a queixa contra os seguranças. "Meu irmão ficou machucado e eu estou com muita dor nos ombros e na parte de cima das costas", disse Danilo.
O Metrô e a CPTM foram questionados sobre a confusão envolvendo os seguranças e também sobre as acusações de ameaças e agressões. A assessoria de imprensa do Metrô entrou em contato com a reportagem por telefone e afirmou que os casos que acontecem na CPTM não compete a eles.
Também em nota, a CPTM informa que "o uso dos banheiros nas estações é controlado a partir das 22h, em razão de atos de vandalismo cometidos em equipamentos e infraestrutura sanitária nos horários em que há menor movimentação de usuários. Em relação à ocorrência relatada, a CPTM irá apurar se houve excessos cometidos pelos vigilantes e tomará as medidas cabíveis."
Fonte: R7
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