Primeira etapa da parceria estratégica entre União e Governo do Estado para desafogar estradas deve ser concluída em dezembro de 2017
São Paulo dá um novo e importante passo na implementação de melhorias no setor logístico. O chamado Contorno Ferroviário da Região Metropolitana de São Paulo, ou Ferroanel – que ligará as zonas oeste e leste de São Paulo para o transporte de cargas -, inicia nesta sexta-feira (23) uma nova fase em seu processo de implantação.
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) foram entregues pelo governador Geraldo Alckmin e José Carlos Medaglia Filho, diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), ao Conselho Estadual do Meio Ambiente, o Consema.
Essa é a primeira etapa para concretizar o projeto do Ferroanel no futuro. O estudo ambiental servirá como base para as análises de viabilidade ambiental do empreendimento e sua discussão com a população. O processo de licenciamento ambiental deverá ser concluído em dezembro de 2017, período em que é esperada a aprovação da Licença Ambiental Prévia do empreendimento pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente e sua respectiva emissão pela CETESB.
“Nós esperamos até o final do ano o projeto pronto e aprovado no Consema”, afirmou o governador Geraldo Alckmin. “Essa será uma obra estratégica porque estamos falando da chegada da carga para o Porto de Santos, que é o principal porto brasileiro. Isso é ganho de eficiência e é um ganha-ganha”, ressaltou Alckmin.
O Ferroanel Norte será um canal ferroviário de 53 quilômetros de extensão que interligará as estações de Perus, em São Paulo, e de Manoel Feio, em Itaquaquecetuba, em área contígua ao traçado do Rodoanel. Sua implantação possibilitará que os trens de carga, que hoje compartilham os mesmos trilhos com os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), sejam desviados, eliminando o conflito entre cargas e passageiros nos trilhos que cortam o interior da metrópole.
“Cada vez é mais difícil compatibilizar com o trem de carga para chegar ao Porto de Santos. Quando fomos construir o Rodoanel fizemos um trabalho grande para que a Dersa fosse contratada e já projetasse o Ferroanel, e a parte de terraplanagem fosse toda feita prevendo essa possibilidade (da implantação futura do Ferroanel)”, completou o governador.
Fluxo logístico
O novo ramal permitirá a movimentação de cargas do interior do Estado para o Porto de Santos, bem como a passagem de comboios entre o interior e o Vale do Paraíba. A transposição da Região Metropolitana de São Paulo em uma via dedicada terá a função de transferir cargas, hoje rodoviárias, para o modo ferroviário. As projeções indicam a retirada, no médio prazo, de 2,8 mil caminhões por dia das estradas, com possibilidade de esse número superar os 7,3 mil caminhões/dia ao longo do tempo.
Para os passageiros, a liberação dos trilhos atuais para uso exclusivo da CPTM permitirá a redução do intervalo entre os trens, a implantação de novos sistemas de sinalização e melhoria das estações ferroviárias, o que trará maior capacidade de transporte e conforto aos usuários.
Análise ambiental
O Estudo foi preparado pela DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A, empresa vinculada ao Governo do Estado de São Paulo, com recursos repassados pela EPL, companhia estatal federal.
As informações são do Governo do Estado de São Paulo
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