terça-feira, 11 de abril de 2017

Greve de trens afeta 800 mil pessoas em São Paulo


A greve dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) prejudica hoje (11) cerca de 800 mil passageiros. Em assembleia marcada para às 15h, os funcionários vão definir se continuam ou não com a paralisação.

De acordo com levantamento da companhia, a greve afeta 360 mil pessoas que usam diariamente a Linha 10-Turquesa, que está fora de serviço, e 440 mil que dependem da Linha 7 – Rubi, cuja operação ocorre em velocidade reduzida.

A estação Prefeito Celso Daniel, na cidade de Santo André, era uma das mais tumultuadas no início da manhã. Os passageiros que precisavam embarcar para São Paulo reclamaram da falta de informações.

“Estou esperando algum funcionário passar uma previsão para a gente, porque eu cheguei aqui e está tudo fechado; não tem uma pessoa para informar. Vou esperar mais um pouco e ir embora”, disse Vanessa Ferreira De Souza, 28 anos, administradora. Ela precisava ir até a região da Avenida Paulista, na capital, para trabalhar e espera não sofrer desconto no salário. “Eles não devem descontar, a greve não é culpa minha”.

Eliane Maria dos Santos, 31 anos, optou por utilizar o Uber para ir até a região central de São Paulo. “Eu tenho um pequeno comércio e preciso fazer compras nas lojas de roupas do Brás, porque acho mais rápido e cômodo pegar o trem. Não estava sabendo da greve”, disse ela.

Reivindicações

A categoria decidiu pela greve em assembleia na noite de ontem (10). Os trabalhadores reivindicam o pagamento do Programa de Participação de Resultados (PPR) de 2016. De acordo com o Sindicato dos Ferroviários, os valores deveriam ter sido pagos em parcela única no dia 31 de março.

A CPTM considerou irresponsável a greve de seus funcionários. “O pagamento da segunda parcela (50%) do PPR 2016 aos empregados será efetuado no dia 16/06/2017, com valor corrigido pelo índice acumulado nos meses de abril e maio deste ano, evitando qualquer prejuízo financeiro aos seus colaboradores”, informa a nota. Segundo a companhia, os empregados deverão manter 75% da operação nos horários de pico e de 60% nos demais horários.

As informações são de Kleber Sampaio

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