Governo planejava construir duas novas estações para Linha 9-Esmeralda em 18 meses. Obras, no entanto, duraram 39 meses, foram paralisadas antes do término, e custo disparou.
Prometidas para o primeiro semestre de 2015, as estações Mendes e Varginha, da Linha 9-Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), estão longe de ficarem prontas. Antes da obra começar, o governo estadual estimava que elas custariam em torno de 350 milhões de reais. Agora, a previsão é de que a expansão não saia por menos de R$ 790 milhões.
A Linha 9-Esmeralda liga a cidade de Osasco, na Grande São Paulo, ao Grajaú, no extremo Sul da capital paulista, e atende cerca de 600 mil passageiros diariamente. Em 2013, a CPTM começou a construção de mais duas estações, o que estenderia o percurso dos trens em mais 4,5 km, mas não há nem previsão para a ampliação do trajeto.
É no fim da linha, na Estação Grajaú, onde começa a obra inacabada da CPTM. Inacabada, mas muitos diriam que nunca começada. O terreno vazio foi tomado pelo mato e a única pista de que ali já houve um canteiro de obras são os trilhos amontoados. O trajeto para as futuras estações ainda é um corredor vazio e as passagens subterrâneas, que chegaram a ser construídas, estão fechadas.
A Estação Mendes, na região da Vila Natal, até teve a estrutura de parte do prédio montada, mas os avanços pararam por aí. Sobrou apenas o material usado na construção, abandonado no térreo. Os operários sumiram em dezembro do ano passado, quando o governo estadual parou oficialmente a obra de expansão.
Já na Estação Varginha, que seria a última da Linha 9-Esmeralda, a situação é ainda pior. Apenas dois esqueletos de concreto foram erguidos e, como o local fica aberto, sem portão nem segurança, virou ponto de descarte de entulho e de desova de carro. A reportagem do SPTV encontrou a carcaça de um veículo que parece ter sido incendiada ali mesmo.
A CPTM calculou inicialmente que o novo trecho da linha ficaria pronto em 18 meses. As obras, no entanto, duraram 39 meses e nem chegaram perto do fim. Quando forem retomadas, devem levar outros 18 meses para serem concluídas.
A companhia também estimava que tudo custaria R$ 350 milhões, mas agora o valor mais que dobrou e a obra deve custar R$ 790 milhões – destes, R$ 500 milhões pagos pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do governo federal.
A CPTM afirma que a obra está atrasada porque o dinheiro do PAC não foi disponibilizado. Já o Ministério das Cidades diz que o governo estadual não cumpriu as regras exigidas para receber a verba, tanto é que, para retomar a obra, terá de fazer uma nova licitação.
As informações são do G1
0 comentários:
Postar um comentário