quarta-feira, 27 de julho de 2016

Caieiras e Perus.

A estação de Caieiras 

                             

Em 1877, o Coronel Rodovalho, proprietário da fazenda Bonsucesso, onde criava gado e produzia vinhos a partir de uvas de suas plantações, construiu dois fornos de barranco para a produção de cal, e passou a levá-los em lombo de mula para a estação de Perus da SPR om tanta atividade, 

Caieiras cresceu e o prestígio de Rodovalho e seus sócios ingleses obteve para o local uma parada de trens, aberta em julho de 1883. Em 1887, com a implantação de uma fábrica de papel, que mais tarde viria a ser a Cia. Melhoramentos, a cidade cresceria mais ainda, ainda mais que, para transportar material Em 1897 aparecem os projetos para a construção da estação definitiva de Caieiras. O prédio é o que está em atividade até hoje, com arquitetura bonita e típica da época. A cidade de Caieiras cresceu e tornou-se município. Em 28/10/1983, a estação foi incendiada por usuários descontentes com o constante atraso dos trens de subúrbio da RFFSA, donos da Santos-Jundiaí, na época. Eram já outros tempos. Porém, com 50% da cobertura danificada, a RFFSA reconstruiu tudo como era originalmente, e em menos dois anos depois do incêndio tudo voltou a ser como antes.
 A estação serve hoje aos trens da CPTM.

 
A estação de Perus.



A estação de Perus foi aberta em 1867, juntamente com a linha. O seu prédio ainda é o um dos poucos que ainda é a estação original, tendo sofrido algumas modificações durante seus quase 140 anos de idade Hoje está situada num dos bairros mais populosos da Capital. Já há muito tempo atende somente trens metropolitanos.
 tombada pelo CONDEPHAAT e abandonada. Foi depredada diversas vezes por passageiros irritados com o atraso dos trens, como em 1983 e em 1996. Em 29/07/2000, houve um acidente com um trem , uma composição foi atingida por um trem desgovernado, causando a morte de nove passageiros, e provocando ferimentos em 124 outros usuários


 A composição, da série 1700 (unidade 1740), estava estacionada sentido Francisco Morato, e como trata-se de um trecho de descida, começou a se locomover, onde houve perda do controle. Tudo isso causado graças à uma queda no fornecimento de energia elétrica (algo que era comum na época). O procedimento padrão seria calçar o trem, a fim de evitar sua movimentação involuntária. Mas não havia calços no trem, o que fez com que a composição de construção Mafersa entrasse em movimento (seus freios não foram capazes de segurar a composição). O trem 1740 iniciou o movimento, e ganhou velocidade no trecho entre Jaraguá e Perus, que tem cerca de 5 quilômetros. Ao apontar na curva de Perus, estava estacionado o trem da série 1100 (unidade 1103-1118), que foi fatalmente atingido, sem que houvesse tempo de retirar os usuários da composição 1103, mesmo após os pedidos desesperados do maquinista Pierucci através do rádio, em comunicação com o Centro de Controle Operacional.

Durante depoimentos, o maquinista havia afirmado que tentou improvisar travas com pedaços de madeira, para evitar a movimentação do trem 1740. A comissão de sindicância da CPTM, por sua vez, informou não ter encontrado vestígios de madeira no local do acidente, e que portanto, a tentativa de frear o trem não teria acontecido.




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